segunda-feira, 24 de junho de 2013

BICUDOS



Eh, eh, como diria minha vó, grande atleta do passado: No voleibol são seis desconfiados na quadra e seis descontentes no banco.

Uma pena que neste momento na equipe de Valinhos não é assim. porque aí teríamos salutares disputas de posição, como sempre houve.

O grande perigo de ficarmos mais velhos e "experientes" no voleibol é acomodarmos, sem perceber que tudo se atualiza, dinâmicas, métodos, conceitos... Ou ainda achar que já sabemos tudo, ou ainda não considerar as vivências, experiências adquiridas, situações trabalhadas, resoluções de conflitos encaminhadas.

 
 
Então nesta fase da vida, nada incomoda muito. Transparência, auto crítica e esportividade, remédios sábios para caretas de xaropinho.

A VIADAGEM NO VOLEIBOL


A VIADAGEM NO VOLEIBOL


Carma Zé. Não é nenhuma discussão sobre homofobia, nem de tema que poderia ir para o atual movimento das ruas, tão conflitantes como aborto, eutanásia, progressão continuada, pagamento para árbitro da Adimes, entre outros.
Lembro que quando moleque jogávamos basquete no sítio da minha vó, com aros vindos de barricas de cola, presos em árvores. Jogavam primos e o pessoal do cortiço do urso. Não foi fácil no início arregimentar jogadores, já que ainda havia o conceito apedeuta de que todo esporte jogado com as mãos era coisa de mulher ou de "viado". Mesmo com o Brasil já campeão mundial de basquete. Assim como o futebol era visto exclusivamente para homens, como se mulheres não tivessem pernas....
O vôlei então, é chamado por alguns imbecilóides de plantão (sério, ainda tem) de "esporte de mulher", quero falar para um desses machões ficar em baixo de um ataque do, digamos Lucão. Cultura é foda, para muitos o MMA é para fodões, para outros são marmanjos se agarrando no chão, dizer que quem torce para o São Paulo é Bambi, também é muito discutível (brincadeira).

 O que dizer do curling, que para mim é bocha jogada com ferro de passar roupa com um gari velocista na frente.

Mas, voltando ao tema, não é nada relacionado com a “Cura Gay” do Lunático Feliciano. Ouvi outro dia; “Amanhã não vou trabalhar, ligarei para o meu chefe dizendo que acordei com vontade de dar a bund.. e preciso ir ao médico”. Aliás, brasileiro faz piada com tudo. Nas manifestações tinha faixa com os dizeres: “LITRÃO À R$ 1,50”, “SPRAY DE PIMENTA EM BAIANO É TEMPERO”, “SUA MÃE NÃO É HOMEM”. Aprovo manifestações populares, desde que desprovidas de violência e com FOCO, OBJETIVIDADE, senão com listas e mais listas de reivindicações não funciona.

Acho que o primeiro gay a jogar no meu time foi o Zazá, isto lá em 1983. Excelente atleta, postura correta que nunca precisou esconder seus sentimentos, nem mostra-los de forma grotesca à cada jogo disputado.

Então o detalhe não é de fato a opção sexual, como diria Felipão, de A, B, C ou D. O que pega, durante o jogo é a viadagem.

Definição de viadagem no voleibol:  Atitudes que conotam frescuras exageradas. Comportamento extravagante e ostensivo, geralmente de cunho homoerótico, no qual o homem manifesta trejeitos e posturas consideradas socialmente e esportivamente incorretas, abusivas, com a finalidade única de agir sem espírito esportivo.

PQP; joga e pronto. Só isso.